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Caçador: UnC, 1992. 130 p.

 

Se os ingleses lamentaram “o sangue, o suor e as lágrimas” da sua gente, derramados na abrangência européia da II Guerra Mundial, isso esteve em evidência também no cenário mais particular do interior do Estado de Santa Catarina, muitos anos antes, por ocasião da Guerra do Contestado. O tema foi título desde livro que, entre 1992 e 1993, teve uma edição e três tiragens, superando os 10 mil exemplares vendidos, um recorde na trajetória editorial de Nilson Thomé, na última década do Século XX.  Objetivando difundir o Contestado às novas gerações, conta o autor que “ao elaborar este novo texto, sentimos que, mais uma vez, fomos levados pela paixão que nutrimos por tudo o que diz respeito ao Contestado”. Entre um chimarrão e outro, ele escreveu a obra com a mesma liberdade que tinha o errante caboclo antes do conflito que quase dizimou sua raça, não se importando com o uso freqüente de eufemismos, assim, dando à redação uma linguagem mais acessível, sem preocupações com o rigor científico. Com forte cunho antropológico, o livro mostra que o autor tratou  mais de enaltecer a sua terra e valorizar a cultura da sua gente antiga, na continuidade do gratificante trabalho de resgate da memória nativa do Homem do Contestado, compreendendo as tradições, usos, costumes, os feitos e dos demais traços de sua herança cultural. A monografia apresenta ao público o “Homem do Contestado”, assim eleito pelo autor, descreve e analisa as principais causas do conflito, narra a Guerra do Contestado, concluindo com uma crítica sobre as conseqüências imediatas e os resultados práticos desta guerra para os caboclos do Planalto Catarinense. A última tiragem foi adquirida pelo Estado de Santa Catarina, para que o livro chegasse – como chegou – a todas as escolas da rede estadual de educação. A obra foi usada como livro-base para a disciplina “História do Contestado”, adotada a partir de 1992 em todos os cursos de todos os campi da Universidade do Contestado.

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