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Caçador: UnC, 1993. 74 p.

“Junto ao marco que hoje separa Dionísio Cerqueira (SC) de Barracão (PR), a profecia de que um dia, talvez tão distante quanto eram as fronteiras entre o Iguaçu e o Uruguai, a partir das nascentes dos rios Peperi-Guaçu e Santo Antonio, na divisa Brasil-Argentina, erguer-se-á soberana a nação do Contestado, com raízes fincadas nas histórias das gentes que participaram da sua construção. Nilson Thomé, 1993” – esta é a “profecia” que o autor deixa na contra-capa deste livro, editado para louvar a participação do Chanceler, José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, fundamental para o ganho de causa pelo Brasil, na questão de limites com a Argentina, conflito internacional que, lá, denominou-se “de Misiones” e, aqui, “de Palmas”. A pesquisa contempla um novo estilo, enfocando a questão sob um novo ângulo, com a narrativa girando em torno da pessoa do Barão do Rio Branco. A “Questão de Palmas”, pouco presente na historiografia brasileira, não tem recebido o merecido tratamento nas histórias do Paraná e de Santa Catarina. A rara disponibilidade de bibliografia sobre o evento tem proporcionado imprecisas interpretações sobre datas, locais, fatos e outras referências histórico-geográficas, gerando confusas informações sobre a biografia de Rio Branco. A obra mostra detalhes da personalidade e do desempenho político-profissional de Rio Branco, relata a questão fronteiriça e as negociações entre os dois países, o empenho pessoal do Chanceler em buscar provas para consolidar as argumentações brasileiras e as principais diretrizes por ele seguidas na elaboração do memorial que, tanto defendia os interesses brasileiros, como contestava as alegações argentinas. Ainda, resume os momentos finais da arbitragem internacional nos Estados Unidos e conclui com a apresentação da trajetória diplomática de Rio Branco nos anos seguintes. O trabalho de Nilson Thomé fornece subsídios aos interessados em conhecer ou se iniciar nos estudos sobre este problema.

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