1ª  edição: Caçador: Fearpe, 1982. 78 p.

2ª  edição: Caçador: Fearpe, 1983. 78 p.

 

Esta obra de Nilson Thomé, a primeira a se referir especificamente ao surgimento do Município de Caçador, apresenta a biografia esmiuçada da família Correa de Mello – de origem luso-brasileira – pioneira na ocupação das terras setentrionais e orientais do Alto Vale do Rio do Peixe, centralizando os estudos na pessoa de Francisco Correa de Mello, considerado na historiografia como “primeiro morador de Caçador”. No ano de 1850, o luso-brasileiro Joaquim Correa de Mello, originário da Lagoa das Almas, em Campo do Tenente (Paraná), adquiriu a Fazenda Velha do Espinilho, em Campos Novos, para onde veio morar com sua família. No ano de 1881, um de seus filhos, Francisco Correa de Mello, estabeleceu-se como posseiro no pedaço em forma de Omega, entre a foz do Rio Caçador e a foz do Rio Castelhano, ambas na margem esquerda do Rio do Peixe, lugar de Campos Novos que, na primeira década do Século XX, foi denominado de Fazenda Fachinal do Bom Sucesso. Em 1910, quando os trilhos da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, margeando o Rio do Peixe, cortaram as terras da propriedade de Francisco Correa de Mello, no centro da fazenda surgiu a Estação Ferroviária de Rio Caçador, lugar que, findo os combates da Guerra do Contestado (1913-1916) e homologado o Acordo de Limites entre Paraná e Santa Catarina, seria o nascedouro de um povoado, elevado à vila em 1924 com o nome de Rio Caçador. O trabalho revela a saga do “Velho Chico” e da sua numerosa família, os detalhes na repartição da fazenda, destacando seu papel na elevação do distrito à categoria de cidade, com o nome de Caçador, em 1934. Daí, porque, Thomé situa a família biografada nas “raízes” da História do Município.