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Caçador: UnC-Caçador / Museu do Contestado / Instituto Histórico, 2005. 44 p.

 

Livro editado com apoio cultural do Governo do Estado de Santa Catarina, que apresenta para o Brasil a “Guerra do Contestado” como um dos principais eventos históricos dos estados do Paraná e de Santa Catarina no século XX. Publicação fartamente ilustrada com fotografias originais, aborda os antecedentes do conflito social, divide-o em três momentos principais e em seguida trata das suas conseqüências.

A Guerra do Contestado foi o evento bélico mais importante da História de Santa Catarina, envolvendo a população sertaneja de um lado e forças militares nacionais e estaduais do outro. O acontecimento é definido por estudiosos como “insurreição xucra” ou “guerra civil”; para religiosos, ocorreu uma “rebelião de fanáticos”; para sociólogos, houve um “conflito social”; para antropólogos, foi um “movimento messiânico”; para políticos, uma tentativa de desestabilização das oligarquias; para administradores públicos, aconteceu uma “questão de limites”; para militares, tratou-se de uma “campanha militar”; para socialistas, aconteceu uma “luta pela terra”. Entretanto, para historiadores regionais da atualidade, a Guerra do Contestado foi tudo isso simultaneamente.

O texto revela que, para a posteridade, o Homem do Contestado legou a Santa Catarina uma herança cultural que inclui: uma lição de valentia e de bravura, não se submetendo à tirania e à opressão, preferindo lutar e morrer tentando ser livre; a consolidação do exemplar regime de minifúndios policultores, provando a todos a possibilidade de, mesmo pequeno, ser grande; o nobre sentimento de defesa de seu patrimônio ambiental, desde quando o equilíbrio ecológico passou a ser ameaçado pela devastação; finalmente, uma contribuição ímpar na descoberta de caminhos para levar os catarinenses a conquistar a sua cidadania através da ação comunitária.

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