1ª edição: Caçador: Prefeitura, 1993. 60 p.
2ª edição: revisada e ampliada. Caçador: Prefeitura, 1993. 80 p.
No retorno de uma viagem de estudos a Itália, em novembro de 1991, depois de percorrer as regiões do Vêneto, Lombardia, Toscana e Emilia-Romanha, Nilson Thomé observou que lá, tanto quanto no Brasil, o Município de Caçador não aparecia no rol daqueles que, em Santa Catarina, haviam recebido forte influência italiana na sua fase de formação, a ponto de não constar nesta História. A injustiça provocou nele um misto de tristeza e de indignação, pois o sangue italiano corre em suas veias pelo lado materno, na saga das famílias Dalazém e Miotto, há mais de cem anos no Brasil e há cinqüenta anos residente em Caçador e região. Lembrando que, em 1977, através de uma pesquisa escolar, havia constatado cientificamente que o italiano era o grupo étnico predominante no Município, representando 38,75% do total da sua população, ele resolveu reagir ao esquecimento de Caçador no contexto da História da Imigração Italiana no Brasil. Aproveitando o ano de 1993, que marcou o 75º aniversário da chegada do primeiro imigrante italiano a Caçador, incentivado pela Prefeitura Municipal, Thomé lançou o livro, cujos exemplares foram, de pronto, consumidos, exigindo nova edição, o que fez, com nova roupagem, revisando e ampliando o texto primitivo. Em três partes, a obra inicia pelo estudo do fenômeno da migração de italianos para o Brasil, ainda no Século XIX, aborda o processo de colonização das terras do Oeste Catarinense e do Vale do Rio do Peixe, após a Guerra do Contestado e o Acordo de Limites entre Paraná e Santa Catarina, continua tratando do nascimento do povoado que daria lugar a cidade de Caçador, detalha atividades dos colonos e dos industriais da madeira, apresentando, ao final, uma relação preliminar das famílias italianas pioneiras do Município. A partir da publicação desta monografia, ninguém mais pode ignorar ou menosprezar a importância dos italianos e ítalo-brasileiros na formação do povo caçadorense.